- são histórias inventadas por alguém.
Existem também os contos tradicionais que são aquelas histórias que
ninguém sabe ao certo quem inventou e que são transmitidas de geração
em geração e muitas vezes ficam conhecidas por algum autor que criou a
sua versão da história e a reinventou.
Uma viúva econômica e zelosa tinha duas empregadas.
As empregadas da viúva trabalhavam, trabalhavam e trabalhavam.
De manhã bem cedo tinham que pular da cama, pois sua velha patroa queria
que começassem a trabalhar assim que o galo cantasse. As duas
detestavam ter que levantar tão cedo, especialmente no inverno, e
achavam que se o galo não acordasse a patroa tão cedo talvez pudessem
dormir mais um pouco. Por isso, pegaram o galo e torceram seu pescoço.
Mas não estavam preparadas para as conseqüências do que fizeram. Porque o
resultado foi que a patroa, sem o despertador do galo, passou a acordar
as criadas ainda mais cedo e punha as duas para trabalhar no meio da
noite.
Às margens de uma extensa mata existia, há muito tempo, uma cabana
pobre, feita de troncos de árvore, na qual morava um lenhador com sua
segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O
garoto chamava-se João
e a menina, Maria.
A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as
coisas haviam piorado ainda mais: não havia comida para todos.
— Minha mulher, o que será de nós? Acabaremos todos por morrer de necessidade. E as crianças serão as primeiras…
— Há uma solução… — disse a madrasta, que era muito malvada. — Amanhã
daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá
os abandonaremos.
O lenhador não queria nem ouvir falar de um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.
No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.
— Não chore — tranqüilizou-a o irmão — Tenho uma idéia.
Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um
punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da lua e as
escondeu no bolso. Depois voltou para a cama.
No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.
As crianças foram com o pai e a madrasta cortar lenha na floresta e lá foram abandonadas.
João havia marcado o caminho com as pedrinhas e, ao anoitecer, conseguiram voltar para casa.
O pai ficou contente, mas a madrasta, não. Mandou-os dormir e trancou a porta do
quarto. Como era malvada, ela planejou levá-los ainda mais longe no dia seguinte.
João ouviu a madrasta novamente convencendo o pai a abandoná-los, mas
desta vez não conseguiu sair do quarto para apanhar as pedrinhas, pois
sua
madrasta havia trancado a porta. Maria desesperada só chorava. João
pediu-lhe para ficar calma e ter fé em Deus.
Antes de saírem para o passeio, receberam para comer um pedaço de pão velho. João, em vez de comer o pão, guardou-o.
Ao caminhar para a floresta, João jogava as migalhas de pão no chão, para marcar o caminho da volta.
Chegando a uma clareira, a madrasta ordenou que esperassem até que ela
colhesse algumas frutas, por ali. Mas eles esperaram em vão. Ela os
tinha abandonado mesmo!
- Não chore Maria, disse João. Agora, só temos é que seguir a trilha que eu fiz
até aqui, e ela está toda marcada com as migalhas do pão.
Só que os passarinhos tinham comido todas as migalhas de pão deixadas no caminho.
As
crianças andaram muito até que chegaram a uma casinha toda feita com
chocolate, biscoitos e doces. Famintos, correram e começaram a comer.
De repente, apareceu uma velhinha, dizendo:
- Entrem, entrem, entrem, que lá dentro tem muito mais para vocês.
Mas a velhinha era uma bruxa que os deixou comer bastante até cairem no sono e confortáveis caminhas.
Quando as crianças acordaram, achavam que estavam no céu, parecia tudo perfeito.
Porém a velhinha era uma bruxa malvada que e aprisionou João numa jaula
para que ele engordasse. Ela queria devorá-lo bem gordo. E fez da pobre e
indefesa Maria, sua escrava.
Todos os dias João tinha que mostrar o dedo para que ela sentisse se ele estava
engordando. O menino, muito esperto, percebendo que a bruxa enxergava pouco,
mostrava-lhe um ossinho de galinha. E ela ficava furiosa, reclamava com Maria:
- Esse menino, não há meio de engordar.
- Dê mais comida para ele!
Passaram-se alguns dias até que numa manhã assim que a bruxa acordou, cansada de tanto esperar, foi logo gritando:
- Hoje eu vou fazer uma festança.
- Maria, ponha um caldeirão bem grande, com água até a boca para ferver.
- Dê bastante comida paro seu o irmão, pois é hoje que eu vou comê-lo ensopado.
Assustada, Maria começou a chorar.
— Acenderei o forno também, pois farei um pão para acompanhar o ensopado. Disse a bruxa.
Ela empurrou Maria para perto do forno e disse:
_Entre e veja se o forno está bem quente para que eu possa colocar o pão.
A bruxa pretendia fechar o forno quando Maria estivesse lá dentro, para
assá-la e comê-la também. Mas Maria percebeu a intenção da bruxa e
disse:
- Ih! Como posso entrar no forno, não sei como fazer?
- Menina boba! disse a bruxa. Há espaço suficiente, até eu poderia passar por ela.
A bruxa se aproximou e colocou a cabeça dentro do forno. Maria, então,
deu-lhe um empurrão e ela caiu lá dentro . A menina, então, rapidamente
trancou a porta do forno deixando que a bruxa morresse queimada.
Mariazinha foi direto libertar seu irmão.
Estavam muito felizes e tiveram a idéia de pegarem o tesouro que a bruxa guardava e ainda algumas guloseimas .
Encheram seus bolsos com tudo que conseguiram e partiram rumo a floresta.
Depois de muito andarem atravessaram um grande lago com a ajuda de um cisne.
Andaram mais um pouco e começaram a reconhecer o caminho. Viram de longe a pequena cabana do pai.
Ao chegarem na cabana encontraram o pai triste e arrependido. A madrasta
havia morrido de fome e o pai estava desesperado com o que fez com os
filhos.
Quando os viu, o pai ficou muito feliz e foi correndo abraça-los.
Joãozinho e Maria mostraram-lhe toda a fortuna que traziam nos seus
bolsos, agora não haveria mais preocupação com dinheiro e comida e assim
foram felizes para sempre.
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