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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Muitas razões você tem para ir à reunião de pais e mestres

É preciso cuidar com afinco da 

 

Educação do seu filho. E frequentar as reuniões escolares é um excelente começo. Quer ver? 

 

O professor do seu filho conhece suas expectativas em relação ao trabalho dele? E você: sabe exatamente como é o dia-a-dia da criança na escola? Sabe como ela se relaciona com o professor e os colegas? Se você frequenta as reuniões de pais e mestres e mantém um diálogo constante com os profissionais que cuidam da Educação do seu filho, provavelmente deve estar com todas essas questões esclarecidas e, portanto, sentindo-se mais seguro.

Sim, a reunião de pais e mestres não é um mero evento protocolar, que a escola organiza com o objetivo de dar algumas satisfações aos pais. "O objetivo das reuniões é compartilhar interesses e missões tendo em vista os benefícios para o aluno", define a pedagoga Isa Spanghero Stoeber, uma das autoras do livro Reunião de Pais - Sofrimento ou Prazer?, da editora Casa do Psicólogo.

Compartilhar é mesmo a palavra quando se fala nessas reuniões. Afinal, a relação entre a escola e os pais deve ser de parceria, como ressalta Carmem Silvia Galluzzi, autora do livro Propostas para reunião de Pais, da Editora Edicon. Para ela, as reuniões têm um grande poder de aproximar famílias e escolas. "Os pais recebem orientações, esclarecem dúvidas e, assim, estabelecem uma relação de confiança e cooperação com os professores."

Do ponto de vista social, estar presente nas reuniões também traz benefícios aos pais e, consequentemente, ao aluno, pois a troca de vivências é grande. "É importante que os pais dos alunos se conheçam e troquem experiências", explica Fernanda Flores, coordenadora pedagógica da Escola da Vila, de São Paulo.

Enumeramos aqui 7 razões para você sempre marcar presença nesses encontros e tirar o máximo proveito deles.


Conhecer a escola a fundo
Na reunião de pais e mestres, tem-se a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre a proposta pedagógica e a metodologia de ensino da escola onde seu filho estuda. Mesmo que você já tenha refletido sobre esses aspectos no momento da escolha da escola, é interessante se atualizar de tempos e tempos e repensar, nessas ocasiões, se aqueles ideais apresentados pela escola são mesmo compatíveis com os de sua família. Você pode, por exemplo, ter concordado de início com o fato de os professores passarem longos deveres de casa todos os dias. Mas, com o tempo, ao ver seu filho sempre atolado em lições e sem tempo para outras atividades, você pode passar a questionar essa atitude e a metodologia da qual ela faz parte. Nesse caso, é provável que, na reunião, coordenadores e professores expliquem por que, para aquela instituição, as tarefas diárias são consideradas tão importantes.

 

Acompanhar o aprendizado
Ponto alto nas reuniões, o processo de aprendizado das crianças costuma ser discutido para que os pais possam acompanhar o desenvolvimento de seus filhos, ou, no mínimo, ter referências sobre a fase da criança ("Ela já devia estar lendo?", "E escrevendo?"). É também um momento propício para tirar dúvidas que surgem no ambiente doméstico, principalmente sobre as tarefas que são solicitadas aos alunos. "Posso ajudar meu filho no dever de casa?", "Por que é importante que ele faça todas as tarefas?", "Ele precisa estudar todo dia?". É fundamental que pais e professores sintonizem suas cobranças e seus discursos. "Isso evita que a criança tenha conflitos", explica Isa Stoeber, referindo-se às situações em que os pais, por exemplo, cobram outros afazeres das crianças (como cursos extracurriculares), em detrimento do dever de casa. "É prejudicial quando os pais cobram uma coisa e a escola outra, porque a criança acaba se sentindo sempre em falta com alguém.
 
 
Esclarecer dúvidas de interesse geral
"Será que a escola não está aplicando muitos trabalhos em grupo?", "Por que meu filho tem tanta coisa para estudar?", "Por que eles precisam de tantos livros didáticos?". Questões como essas são de interesse coletivo, portanto podem perfeitamente ser levadas para as reuniões de pais. O calendário anual, as excursões e as viagens e os materiais solicitados ao longo do ano também são assunto nos encontros. "A reunião de pais e mestres não visa o individual, mas sim o coletivo".  Portanto, as informações que serão trocadas entre todos os presentes devem ser de interesse geral, evitando prolongar demais a duração da reunião. "O pai que sente que o filho tem alguma dificuldade ou particularidade que mereça ser discutida deve fazer isso em um horário reservado". Assim, para que o encontro se torne mais proveitoso, é interessante que os pais levem questões que poderão ser abordadas naquele momento, beneficiando a todos.
 
 
Conhecer seu filho sob outros pontos de vista
O comportamento de seu filho pode ser assunto na reunião de pais e é importante ficar atento a essas observações, já que a postura da criança pode definir o seu aprendizado e, claro, sua maneira de se relacionar com os professores e coleguinhas. É importante lembrar que nem sempre o comportamento da criança é o mesmo na escola e em casa, o que, muitas vezes, pode gerar diferentes impressões sobre ela (em casa, ela é extrovertida e falante, mas na escola tende a se fechar e a apresentar timidez; ou é irrequieta na escola, desobediente, enquanto no ambiente doméstico não apresenta tais sinais). Se os pais reconhecem essas diferenças, podem também buscar entender por que elas acontecem (falta de interesse na aula? Insegurança? Baixa autoestima? Distúrbio de atenção? Agitação demais?). Ou seja: conversando com os professores e outros pais, é possível perceber como o filho é visto pelas pessoas que o cercam e, assim, tentar ajudá-lo.
 
Entender as crises da idade
Infância, pré-adolescência, adolescência... As fases do crescimento são muitas e cada uma possui suas particularidades. A escola e os pais precisam estar preparados para lidar com as questões que certamente irão surgir, enfrentando-as com naturalidade e respeito. Nas reuniões, pode ser discutido: o que é típico dessa faixa etária? Como agimos? Um exemplo: deve-se permitir ou não o namoro nas dependências da escola? São questionamentos que podem ser levados para esses encontros, com contribuições para a escola e as famílias em geral.
 
Conhecer para poder ajudar
Muitas escolas, percebendo a dificuldade das famílias para lidarem com certos comportamentos dos filhos típicos da idade, aproveitam as reuniões de pais para promover palestras esclarecedoras. Com isso, a presença nesses eventos se torna ainda mais imprescindível. Quando se tem conhecimento, se consegue ajudar de forma mais eficiente. Uma palestra bastante ministrada nas escolas é sobre sexualidade. A intenção é mostrar para as famílias o quanto é fundamental tratar o tema com naturalidade, procurando sempre conversar com os filhos e manter uma relação de proximidade, amizade e cumplicidade. "A escola é um espaço capaz de abrir esses canais de debate e entendimento.
 
Mais confiança para todos
Como você deve ter percebido, participar das reuniões de pais e mestres é muito importante para aproximar família e escola. E estas têm de se respeitar mutuamente. Se os pais criam uma relação de competitividade com a escola, alimentando o costume de falar mal dos professores, da organização do local e das mensalidades, por exemplo, é possível que a criança também passe a desrespeitar a instituição, o que pode prejudicar seu desenvolvimento escolar. A proximidade e a confiança entre escola e família, quando transmitidas aos alunos, fazem com que eles se sintam mais seguros, aprendam mais e se relacionem melhor.
 
 
 
 
 

Como organizar melhor o tempo do seu filho estudar em casa

Horários, prazos e obrigações. Se administrar as atividades cotidianas já não é fácil para os adultos, imagine para as crianças! Durante a vida escolar, as lições de casa, os trabalhos e as provas se tornam cada vez mais frequentes, exigindo dos alunos organização e planejamento. A falta de uma rotina pré-estabelecida muitas vezes compromete o aproveitamento do aluno. Para que isso não aconteça, é preciso a colaboração dos pais. "O auxílio dos adultos na organização é crucial. São necessárias conversas para que os combinados sejam retomados e revistos, se for o caso".
Para que a organização do tempo funcione, é preciso pensar nas reais demandas do dia a dia do estudante e da casa. Isso não significa que os filhos devam seguir a rotina dos pais, ao contrário, é essencial para o desenvolvimento que as crianças aprendam a lidar com as questões pessoais e assim construam seus próprios horários.Não adianta os pais implantarem um padrão de rotina que massacre o estudante. É preciso ser certeiro e fazer com que a rotina auxilie e não martirize a todos. "Se a organização dos estudos estiver atenta para as fragilidades e as potencialidades das crianças, poderá favorecer o desempenho da criança nas aulas".


HORA DE ORGANIZAR O ESPAÇO:

O ambiente em que os estudos acontecem também interfere diretamente na organização diária. "A criança aprende a organizar o seu tempo tomando como base o modelo adulto que dispõe. O recinto familiar deve oferecer condições para que ela aprenda a se organizar e sentir a necessidade dessa organização", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp.

Portanto, manter a casa organizada, disponibilizar um espaço adequado para os estudos, sem barulho, bagunça e distrações é muito importante. Para a criança criar a própria organização é pré-requisito conviver em um ambiente também organizado.

O material também deve estar arrumadinho -- antes e depois das tarefas. "Arrumar a mochila e ver se está tudo em ordem e limpo, olhar os cadernos e observar se não ficou nada incompleto são atividades que podem ser feitas durante o horário de estudos em dias mais livres e que estimulam a organização"

Pais: Vocêspodem sim ajudar na alfabetização de seus filhos!!! Contar histórias, deixar bilhetinhos na geladeira, fazer lista de compras em voz alta - essas são apenas algumas situações que tornam o espaço de convivência da criança mais... alfabetizador! E isso é fundamental para o aprendizado

Você sabia que os pais também podem ajudar na alfabetização de seus filhos? Isso mesmo! Mas não se preocupe, pois não se trata de ter de ensinar formalmente a criança a ler e a escrever, função esta do professor. Você pode, isso sim, tornar o ambiente de convivência da criança repleto de atos de leitura e escrita, de forma a inseri-la desde cedo no mundo das letras. Em suma, deixar o ambiente doméstico mais alfabetizador. "Isso acontece quando, por exemplo, a mãe deixa bilhetinhos na porta da geladeira, apontando a finalidade do ato para a criança: ‘vamos deixar esse recadinho para o papai avisando-o que iremos nos atrasar para o jantar’. Ou quando, antes de começar um novo jogo (de tabuleiro, por exemplo), ela propõe ao filho que eles leiam as regras juntos".
Quando a criança é inserida nessas atividades rotineiras, ela acaba percebendo a função real da escrita e da leitura, e como elas são importantes para a nossa vida. E, dada sua curiosidade nata, ela vai querer participar cada vez mais e buscar o conhecimento dos pais.
A criança que cresce em constante contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira mais autoral e adquirindo experiências que vão fazer a diferença na hora de ela aprender a ler e a escrever efetivamente. "Isso explica o fato de, numa mesma sala de 1º ano, professores se depararem com algumas crianças praticamente alfabetizadas e outras que sequer entendem a função do bilhetinho na porta da geladeira ou que a linguagem escrita se relaciona com a oral, porque viveram experiências muito discrepantes em casa.

Molde de Alfabeto Grande